Promovido pelo jornal Financial Times, prêmio reconhece modelos de negócios transformacionais que atuam na cadeia de suprimentos no combate ao aquecimento global e focado principalmente nos mercados emergentes pelo mundo
O Financial Times e a International Finance Corporation (IFC), um membro do Grupo Banco Mundial, reunirão os principais investidores, inovadores, empreendedores sociais e outros líderes de pensamento para um grande evento online no qual será feito o anúncio dos vencedores do prêmio FT / IFC Transformational Business Awards edição 2021. A brasileira Chlorum Solutions está entre as finalistas devido ao seu modelo de negócios que transforma a cadeia de suprimentos da indústria química de um modelo centralizado em alguns polos de grande escala para um modelo descentralizado e de pequena escala. O modelo da Chlorum se destaca por ser de baixo carbono, além de trazer diversos benefícios aos clientes, ao meio ambiente e à sociedade.
“Trazemos uma solução mais limpa, segura e eficiente para a tradicional indústria química. Nosso modelo de negócios quebra o paradigma de “economias de escala”, aproximando a produção das regiões nas quais há demanda. As nossas plantas, diferentemente do tradicional neste mercado, devido à pequena escala e à tecnologia empregada, possuem baixo impacto ambiental e ainda trazem melhorias para o desenvolvimento regional das áreas onde estamos”, afirma Alfredo Kerzner, CEO da Chlorum Solutions.
A questão ambiental é vista como parte do core business da companhia. Toda a cadeia de produção até a entrega foi desenvolvida para ter baixo impacto ecológico, sem a utilização de metais pesados e objetivando a geração zero de resíduos. A Chlorum Solutions utiliza, em suas plantas, a tecnologia de membrana, a mais avançada atualmente, e tem como insumos principais água, sal e energia elétrica para originar produtos como cloro gás, soda cáustica e hipoclorito de sódio.
Outra ação que reduz o impacto ambiental é a escolha da empresa de construir suas plantas próximas a áreas onde estão indústrias que consumam seus produtos. Desta forma elimina-se a necessidade de transportar produtos químicos com seus riscos inerentes além da redução da pegada de carbono devido ao transporte. Na unidade da Estação de Tratamento de Águas Gavião, da CAGECE em Fortaleza, por exemplo, a empresa não comprime nem armazena o cloro gasoso usado para a desinfecção da água. O cloro, apenas produzido, é injetando diretamente na água.
A melhoria na segurança é outro aspecto do core business da empresa. “Não fazemos, em nossas plantas, a compressão, armazenagem e o transporte do cloro. Esta operação é onde está o risco de uma planta tradicional de cloro. Desta forma garantimos, por exemplo, o fornecimento de cloro em estações de tratamento de águas de alta capacidade, sem que haja necessidade de armazenamento e principalmente o transporte pelas estradas de um produto químico tóxico. Muitas vezes estas plantas estão usualmente localizadas vizinho a residências em centros urbanos”, explica Kerzner.
O terceiro ponto do tripé do core business da Chlorum é o econômico. O modelo descentralizado reduz significativamente o custo do produto nas regiões mais distantes dos grandes polos químico, e esta redução de custo leva investimentos e desenvolvimento regional até então impossibilitados pelo alto custo, gerando empregos e atraindo novas indústrias que usam seus produtos.
A Chlorum tem atualmente em operação uma planta no Ceará, que fornece cloro para a produção de água potável para quase 3 milhões de pessoas desde 2014. Uma planta no Uruguai que atua desde 2017 com a missão de fornecer uma alternativa limpa em um mercado há mais de sessenta anos controlado por um monopolista que ainda tem sua produção utilizando a tecnologia de produção de mercúrio. A terceira fábrica foi inaugurada em 2020 e está localizada no estado do Maranhão, com o objetivo de fornecer um produto de custo mais competitivo para aumentar a industrialização de uma das regiões mais subdesenvolvidas do país. A Chlorum estima que esta unidade reduziu e as emissões de CO2 em mais de 4.000 toneladas por ano somente na redução de transporte desses produtos, equivalente a preservação de quase 100 hectares de Mata Atlântica por ano. Por fim, a Chlorum está construindo três novas fábricas no Brasil neste modelo de pequena escala.
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