O Brasil importou US$ 2,8 bilhões em produtos químicos no mês de novembro. O valor representa um aumento de 3,1% em relação a outubro deste ano, mas redução de 6,7% na comparação com novembro de 2015. No acumulado do ano, as compras externas de produtos químicos somam US$ 31,4 bilhões, redução de 12,2% frente ao mesmo período de 2015. Em termos de volumes, entretanto, movimentações que superaram 33,6 milhões de toneladas, entre janeiro e novembro do ano corrente, significaram um aumento de 9,0% na comparação com o mesmo período em 2015, apesar da continuada retração geral do PIB industrial ao longo do ano.
As exportações, de US$ 1,1 bilhão em novembro, foram 9,0% superiores na comparação com outubro e 12,2% em relação ao mesmo mês de 2015. Entre janeiro e novembro deste ano, as vendas externas alcançaram US$ 11,0 bilhões, valor 6,8% menor do que o registrado em igual período do ano passado. As resinas termoplásticas, com vendas de US$ 2,1 bilhões, foram os produtos químicos mais exportados pelo País, até novembro.
O déficit na balança comercial de produtos químicos, no acumulado do ano, chegou a US$ 20,3 bilhões, 14,9% abaixo daquele registrado em igual período de 2015. Nos últimos 12 meses (dezembro de 2015 a novembro deste ano), o déficit de US$ 21,8 bilhões representa o menor valor registrado para tal indicador desde 2010, ano em que se apurou um total de US$ 20,6 bilhões.
Para a diretora de Assuntos de Comércio Exterior da Abiquim, Denise Naranjo, a desaceleração do crescimento do déficit em produtos químicos nos últimos anos (do recorde de US$ 32,0 bilhões em 2013 para os atuais US$ 21,8 bilhões nos últimos doze meses) decorre da simultaneidade de uma conjuntura econômica nacional ainda mais crítica do que se previa e da nova realidade internacional com sensível redução do nível de preços de muitos produtos químicos e petroquímicos nos principais mercados globais. “Apesar da redução do valor total do déficit setorial, não há evidências de que esse será um patamar a se manter nos próximos anos. Entre 2013 e o ano em curso, houve redução de praticamente 25% no preço médio de cada tonelada das aquisições externas brasileiras em produtos químicos. Esse indiscutivelmente foi um dos fatores mais relevantes para contenção do crescimento do déficit setorial, uma vez que, mesmo tendo em vista os impactos do instável momento econômico nacional, os volumes importados continuam crescentes e são praticamente iguais ao quantitativo das compras externas em 2013, ano do déficit recorde de US$ 32,0 bilhões”, destaca Denise.