Sistema modular e sem obras possibilita compostagem in loco de até 600 quilos por dia

Criada pela Morada da Floresta, HumiBox pode ser instalada em qualquer piso e seu formato de cubos permite expansão conforme a necessidade

Outubro, 2021 – Impulsionada pela preocupação corporativa, com as melhores práticas ambientais, a compostagem tem sido cada vez mais adotada por empresas e indústrias brasileiras. Porém, a gestão de resíduos ainda é um problema no Brasil. Cerca de 37 milhões de toneladas de resíduos orgânicos são produzidas todos os anos, mas apenas 1% deste total é reaproveitado, segundo a Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2020. A pesquisa, feita pela Associação Brasileira das Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (Abrelpe), mostra também que os orgânicos, com participação de 45,3% do total, ainda permanecem como principal componente dos resíduos brasileiros.

 

Para ajudar a solucionar esse problema, a Morada da Floresta, empresa de impacto socioambiental especializada na redução de resíduos, criou a HumiBox, uma composteira modular ideal para condomínios, escolas, indústrias, supermercados e grandes empresas. “Preocupadas com as questões da Agenda 2030, muitas empresas estão aderindo à ideia do aterro zero, especialmente unidades de multinacionais europeias”, afirma Cláudio Spínola, um dos sócios da Morada da Floresta.

A compostagem in loco oferece inúmeros benefícios tanto para o meio ambiente como também para as empresas. “Nossos clientes relatam inúmeros benefícios diretos, como organização e limpeza do espaço dos resíduos, desativação da câmara fria anterior, utilizada para armazenar os resíduos orgânicos, adequação às metas ambientais da empresa, engajamento dos colaboradores, entre outros”, relata.

A HumiBox é formada por módulos de 1 m³ que, agrupados, permitem a compostagem de até 600 quilos de resíduos por dia. Para isso, utiliza a compostagem termofílica, feita por bactérias e que aceita maior variedade de resíduos orgânicos, como restos de carne, cítricos e alimentos cozidos. “Nesse sistema, as bactérias processam a matéria orgânica aumentando sua temperatura a mais de 60 graus, o que deixa o processo higienizado”, explica Claudio.

A HumiBox surge como alternativa para empresas e indústrias que querem iniciar a prática da compostagem, sem a necessidade de obras e grandes investimentos. Isso porque os módulos podem ser instalados em qualquer piso, evitando obras estruturais. Os cubos da HumiBox são feitos de material reciclado, com sistema de drenagem e captação do adubo líquido. Por ser um sistema que coleta e recircula automaticamente o líquido percolado, não há necessidade de licenciamento ambiental para a sua instalação. “A solução mais eficiente e ecológica é a compostagem no próprio local, que elimina o transporte. Nosso projeto economiza em logística, produz adubo, reduz as emissões de carbono, evita emissões de metano, promove educação ambiental e engajamento de colaboradores, e ainda impacta positivamente o planeta”, complementa Claudio.

Cada módulo da HumiBox composta até 15 quilos de resíduos por dia, produz 150 quilos de adubo por mês e reduz até 5 toneladas de carbono equivalente por ano. Assim, cada empresa pode instalar a quantidade de módulos necessárias para sua realidade. Com 12 cubos, por exemplo, o espaço ocupado é o de um carro numa garagem e a capacidade é de receber cerca de 150 quilos por dia. Além de filtrar, drenar, coletar e direcionar o adubo líquido para uma caixa de apoio, a composteira tem um sistema de retroalimentação automática movido a energia solar, para reconduzir o adubo líquido que iria para o solo para umedecer a matéria orgânica em decomposição. Esse retorno constante do líquido lixiviado acelera a compostagem, enriquece o composto e diminui a mão de obra e a necessidade de rega.

O adubo produzido pela compostagem in loco é um ativo que pode ser utilizado tanto na jardinagem e no paisagismo da empresa, como em ações de engajamento e educação ambiental com os colaboradores, projetos educativos e sociais, e até mesmo na implantação de uma horta orgânica para abastecer o refeitório, fechando o ciclo de Economia Circular nos resíduos orgânicos e seus nutrientes.