Indústria de químicos usa turbina com tecnologia nacional para transformar vapor da produção em energia

Unidade de Energia da A1 Engenharia desenvolve turbinas usadas nesse setor para geração de eletricidade a partir de calor e vapor do maquinário

CURITIBA, 03/04/2023 — O vapor produzido por uma fábrica de químicos é aproveitado para gerar energia elétrica em um projeto inovador. A parceria entre o setor de Energia da A1 Engenharia, que provê soluções integradas para plantas industriais, e de uma empresa fornecedora de insumos para indústria química, tem gerado economia a partir do calor excedente na indústria. O que antes era um problema, acaba se tornando solução, com essa união dessas empresas na Grande Curitiba.

O “pontapé” inicial da parceria foi a instalação de uma Turbina de Recuperação de Energia nesta Indústria Química, com sede na Cidade Industrial de Curitiba. A indústria química possui, em um de seus processos produtivos, uma reação exotérmica, que produz calor, gerando vapor em alta pressão e temperatura. Esse vapor acaba sendo consumido em outras áreas da empresa, mas com temperatura e pressão menores, passando por uma válvula, ocorrendo uma perda considerável de energia. É nessa etapa que entra a criação da A1.

Em paralelo à válvula, foi instalada a turbina. O excedente que se perdia em calor e pressão agora é transformado em energia, e além de tudo, não prejudica o vapor que ainda será usado em outras etapas da produção química. A turbina foi elaborada especialmente para essa função, pensada para a adaptação da válvula. “Essa turbina foi desenvolvida para operar nas condições de vapor saturado, para transformar energia térmica em eletricidade, útil para a indústria”, explica o gerente da unidade de Energia da A1 Engenharia, Rodrigo Duarte.

O equipamento foi instalado em setembro de 2022 e está funcionando desde então. Operando de forma contínua, assume variações de consumo de vapor em relação à produção, em potências que variam de 10kW até 250kW. Quando a geração de vapor é muito reduzida, a válvula desliga a turbina automaticamente, sendo retomada, também automaticamente, quando a produção é reestabelecida a valores consideráveis. “Assim, há eficiência energética que gera economia na produção da indústria, confiabilidade no equipamento e mantendo o processo fabril resguardado”, revela Duarte. Isso economiza até 200 mil kWh, representando de 5% até 10% do consumo total de energia da planta química.

O setor de energia da A1 tem se desenvolvido e conquistado até o mercado internacional. As turbinas de contrapressão e condensação, comercializadas pela empresa, têm seus skids de geração patenteadas pela empresa. A A1 Engenharia foi fundada em 2000 e se tornou referência no setor, provendo soluções integradas para plantas industriais. A matriz da empresa, que conta com 116 mil m2, funciona na cidade de Araucária (PR), na Região Metropolitana de Curitiba, além de contar com uma sede localizada em São Paulo.

Plataformas – Indústria química_Divulgação