Empresa criou tecnologia para imprimir embalagens que contenham leitura em braile.
Os desafios enfrentados por pessoas cegas vai além do que podemos imaginar. A falta de leis mais detalhadas e que exigem maior acessibilidade para essas pessoas faz uma grande diferença no dia a dia. O braile, por exemplo, é uma ferramenta indispensável para a educar e garantir independência para cegos, porém, as leis que exigem que comércios como bares, restaurantes e mercados utilizem dessa ferramenta para gerar inclusão e autonomia não são muitas, o que dificulta mais ainda o acesso dessas pessoas a lugares comuns, forçando-os a optarem por terceiros para conseguirem realizar uma simples tarefa, como ler um cardápio ou conferir o nome de um produto na gôndola de um supermercado.
De acordo com dados do último levantamento feito pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estáticas (IBGE), no Brasil há 6 milhões de pessoas com baixa visão e 506 mil pessoas cegas, todas elas com a necessidade da inclusão de braile em sua rotina. Dessa forma, é indispensável que empresas, principalmente as de varejo, busquem a inclusão de pessoas com deficiência como consumidores da marca. “Nós, da Embalixo, sabemos o quão importante é as empresas oferecerem seus serviços e produtos de forma que seja acessível para todos, e levamos isso a sério, tanto que a inclusão sempre esteve entre os nossos pilares como empresa. Por isso, procuramos investir na acessibilidade para as pessoas cegas e com baixa visão que necessitam do braile, que é uma ferramenta que possibilita o acesso à leitura tátil”, comenta Rafael.
Apesar do braile existir há cerca de 200 anos, muitas marcas do varejo ainda não sabem por onde começar para que a escrita tátil seja incluída nas embalagens de seus produtos. Em um corredor de supermercado, por exemplo, ainda é difícil encontrar pessoas com deficiência visual realizando suas compras sem a ajuda de um acompanhante ou atendente, isso porque a falta da inclusão ainda é grande. “Nós também tivemos essa dúvida de como inserir o braile em nossas embalagens, já que elas eram mais flexíveis. Na época que começamos com essa ideia, ainda não existia uma tecnologia que imprimisse a escrita nesse tipo de embalagem, mas não desistimos. Foi aí que encontramos a Fundação Dorina Nowill para cegos, que nos ajudou a criar uma tecnologia que garantisse a diagramação e impressão correta. Foi uma tarefa difícil, mas ficamos orgulhosos em dizer que hoje todos os nossos produtos possuem braile, para que pessoas cegas possam saber identificar cada um”, explica o diretor.
A empresa, que é destaque em suas soluções inovadoras, como o primeiro saco para lixo zero plástico e o saco antivírus, que é capaz de inativar o coronavírus, hoje se mostra 100% alinhada às demandas em prol da sociedade. Em 2022, por exemplo, foi uma das primeiras empresas a adotar medidas para zerar a emissão de carbono e também se destaca com seu apoio a instituições beneficentes, como o Bazar AACD. “Como empresa, sabemos que temos um papel importante dentro da comunidade que nos cerca, por isso, sempre nos colocamos à disposição para trabalhar juntos em prol de um bem maior, seja ele garantir maior autonomia para pessoas cegas ou contribuir com o cuidado do meio ambiente”, finaliza Costa.