Os associados ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas e Bobinas Plásticas e Afins) se reuniram, em 27 de março, para um almoço de início de ano. No evento foram discutidas questões relevantes para o mercado de plásticos, assim como temas que influenciam o mercado de varejo de resinas plásticas, plásticos de engenharia, filmes biorientados, masterbaches e compostos. Em sua apresentação, o presidente da entidade e diretor da Activas, Laercio Gonçalves, apontou que o mercado tem baseado suas compras mais nas expectativas de aumentos desde janeiro do que no aquecimento da economia: “No entanto, desde o início de março, estamos observando uma expectativa positiva, principalmente para o segundo semestre”.
Gonçalves também ressaltou que o mercado tem sofrido com a significativa entrada de material importado, especialmente vindos da Zona Franca de Manaus. A expectativa é de que o aumento do imposto de importação de alguns plásticos, como PS, PET, PP e PE, impacte na redução das importações e no aumento da participação de mercado dos produtores locais.
Quanto às capacidades globais de polietileno e polipropileno, Gonçalves destacou que o Brasil é teoricamente autossuficiente, mas enfrenta desafios logísticos e de mercado. Também mencionou os impactos, como os ataques no Mar Vermelho, que têm causado aumento nos custos de fretes internacionais e lead times mais longos.
Para Cecília Vero, vice-presidente da ADIRPLAST e diretora da Nova TIV, apontou que as expectativas para o segmento de filmes biorientados não são muito diferentes das resinas commodities, destacando a necessidade de combater a presença de produtos incentivados de forma irregular. João Rodrigues, diretor da ADIRPLAST e da Thathi Polímeros, falou sobre a alta competitividade e concorrência desleal da ZFM em plásticos de engenharia, destacando a importância da participação dos associados nos debates sobre questões tributárias.
Francielo Fardo, da Colorfix, e representante do segmento de masterbatches e compostos, ressaltou a importância de investir em sustentabilidade e em produtos diferenciados que atendam às necessidades e anseios do mercado. “Hoje nos Estados Unidos há 80 empresas de masterbatches em viés de consolidação. Aqui no Brasil esse número sobe para 200 ou mais, tornando o ambiente muito mais competitivo e desafiador, e sabemos que para sobreviver neste mercado é preciso se diferenciar através de produtos de alta tecnologia e sustentáveis.”, explica.
As perspectivas para 2024 apontam para uma recuperação em relação ao ano passado, focada principalmente no segundo semestre, com valores de matérias-primas plásticas em patamares elevados. Os distribuidores associados também continuam buscando por margens saudáveis em seus negócios com base nesse olhar de futuro. “A ADIRPLAST reforça o compromisso em fornecer suporte e representatividade aos seus associados em meio a esse cenário promissor”, finaliza o presidente.
Fonte: Adirplast