Terceira edição do Cola trouxe Marcel Andrade, da JET e-business, para falar sobre os principais canais de venda virtual
Em um mundo cada vez mais digital, é imprescindível que empresas e indústrias possuam um canal de e-commerce. Para orientar os empresários sobre essa ferramenta on-line, o Sistema FIRJAN promoveu em 26 de setembro a terceira edição do COLA, evento que conecta especialistas e empreendedores para debater temas alinhados à realidade do novo mercado. O convidado foi Marcel Andrade, gerente de Canais da JET e-business, que falou sobre a importância de um setor pode ser medida em números: em 2016 o faturamento do e-commerce, só nos Estados Unidos, foi de US$ 1 trilhão, segundo a consultoria eMarketer.
Andrade apresentou os caminhos para o empreendedor dar o pontapé inicial na criação do seu negócio virtual. Além disso, foram expostas as plataformas disponíveis na web para difundir e promover o marketing empresarial de forma efetiva.
“Um dos pontos principais para quem começa a montar o seu e-commerce é saber como colocar o site em evidência no Google. Para isso, existem duas formas: Search Engine Optimization (SEO) e Search Engine Marketing (SEM). A primeira é um conjunto de técnicas de otimização por meio de textos para alcançar bons rankings orgânicos que produzam tráfego e autoridade para o site. A segunda é gerar visualizações através de anúncios em Links Patrocinados. O ideal é conseguir conciliar essas duas formas de atuação”, explicou.
O especialista também apontou alguns pilares para criar uma plataforma que seja capaz de atingir as expectativas da companhia. O planejamento, embora seja mutável, é o que mantém as premissas do empreendimento, garantindo que não seja perdida a essência do que foi proposto inicialmente.
“É fundamental que a empresa crie um departamento exclusivo para a administração do e-commerce. Outro ponto importante é optar por um modelo enxuto, porém com capacidade de escala adequada para o lançamento do projeto”, afirmou.
Um aspecto destacado por Andrade foi a importância de ter um espaço com opiniões relacionadas ao produto no site. De acordo com ele, essas avaliações influenciam o consumidor a tomar a decisão final de efetuar ou não a compra.
Possibilidades de atuação no e-commerce
O mercado de vendas on-line oferece duas opções principais de atuação. Elas são o Business to Business (B2B), modalidade que define transações comerciais entre empresas, e o Business to Commerce (B2C), voltado a operações comerciais entre a indústria e o consumidor final. Além disso, existe a ferramenta Enterprise Resource Planning (ERP’s), que é um software que integra todos os dados e processos de uma empresa, como, por exemplo, contas a pagar, controle de estoque e emissão de NFE.
“Primeiro o empresário precisa definir qual área de atuação se adequa mais ao seu negócio. A vantagem do B2B é usar a visibilidade de mercado que uma grande empresa possui para criar uma relação de revenda. Já o B2C é a operação tradicional de varejo, que é voltada a vendas para pessoas físicas. Após essa tomada de decisão, é recomendado organizar o e-commerce com uma ERP”.
Ele também destacou que essa forma de venda on-line é um caminho sem volta, com impacto nos negócios em âmbito mundial. “Os jovens consideram natural realizar compras pela internet e isso não vai mudar. De acordo com a Forrester, a expectativa é que até 2020 só o mercado de B2B movimente US$ 6,7 trilhões”.
Presidente do Sindicato da Indústria de Produtos Cosméticos e Higiene Pessoal no estado do Rio (Sipaterj), Celso Dantas destacou que o e-commerce possibilita que as empresas ampliem seus mercados. “Os negócios on-line estão em franca expansão. É importante que a FIRJAN estimule os empreendedores a buscar oportunidades nas vendas digitais, principalmente neste momento de recessão. Precisamos estar atentos às grandes tendências para aumentar nossa base de clientes”, comentou.