Moisés Weber na Interplast: “Estamos vivendo a revolução da economia circular”

Diretor financeiro da Plastiweber falou sobre a importância da integração entre os elos da cadeia circular e destacou o papel do setor privado na transição para um novo modelo econômico

A Plastiweber, empresa de soluções sustentáveis em plástico, participou, na quinta-feira (07/04), do 1º Fórum de Economia Circular Plástico Sul, que aconteceu na 11ª Interplast – Feira e Congresso de Integração da Tecnologia do Plástico, em Joinville (SC). O diretor financeiro da empresa, Moisés Weber, foi o responsável pela palestra “Embalagens flexíveis PCR de alto desempenho e o ecossistema circular”, na qual defendeu o papel fundamental que o setor privado deve assumir na transição para a economia circular.

– Estamos vivendo a revolução da economia circular. Sabemos que ela vai mudar a história da humanidade, entrar no jogo não é mera opção. A questão é de que forma vou fazer para sobressair e ser um importante agente da mudança. Não podemos esquecer que a sobrevivência do planeta vem antes da sobrevivência de qualquer empresa e de qualquer pessoa, é importante refletirmos sobre isso. Existem empresas que buscam somente o poder e existem empresas que acreditam que dá para mudar esse cenário. O futuro é daquelas que estão preocupadas em transformá-lo – explica Weber.

Sediada no município de Feliz, no Rio Grande do Sul, a Plastiweber é pioneira na produção de plásticos flexíveis, filmes e polímeros 100% reciclados. Naturecycle é o selo criado pela empresa para envolver mais de 50 atores em um ecossistema circular, como cooperativas, projetos socioambientais, brandowners e varejo, que viabilizam a logística reversa para beneficiar o plástico pós-consumo e reinseri-lo na cadeia produtiva. Entre os clientes, estão marcas como Ambev, Unilever, Nestlé, BRF, Pampili e Cia Canoinhas.

Na Interplast, evento bienal que atrai profissionais de diferentes regiões do Brasil e de outros países para apresentar tecnologias e debater temas ligados ao setor, Weber destacou, ainda, que o êxito nos processos que envolvem a circularidade depende da criação de conexões entre os diferentes elos da cadeia. Isso passa, portanto, por gestores de resíduos, entidades de fomento da economia circular, varejo, órgãos públicos e sociedade.

– Meu conselho é: nunca faça sozinho, procure parceiros. É importante que a gente consiga criar ambientes em que os vários elementos da cadeia estão presentes. Nós já falávamos há anos sobre reciclagem e não conseguíamos sair do lugar. A economia circular não é reciclagem, mas a reciclagem faz parte desse novo modelo econômico. Por isso, hoje somos parceiros de entidades e associações com esse foco. Assim, nós conseguimos realmente gerar mudanças – complementa Moisés Weber.