Dia Nacional da Saúde: como a gestão de resíduos impacta a qualidade de vida?

Dados da ABRELPE apontam que, em cinco anos, o país gastou mais de

U$ 1,8 bilhão em saúde para tratar problemas relacionados a destinação inadequada de resíduos

Em 5 de agosto comemorou-se o Dia Nacional da Saúde, uma data instituída no Brasil por meio da Lei nº 5.352 e que tem como objetivo conscientizar as pessoas sobre a importância da educação sanitária e do valor da qualidade de vida. Nesse contexto, alguns fatores exercem um papel fundamental para a manutenção da saúde pública, entre eles o que se destaca é a gestão dos resíduos sólidos, um desafio no país, principalmente quando se fala de reciclagem.

De acordo com o estudo da Associação Brasileira de Empresas de Limpeza Pública e Resíduos Especiais (ABRELPE), intitulado Panorama dos Resíduos Sólidos no Brasil 2022, atualmente cerca de 39,5% dos resíduos urbanos coletados têm como destino final os aterros controlados e lixões, somando mais de 30 milhões de toneladas lançadas incorretamente e que comprometem a saúde pública e a segurança nesses locais.

O mesmo levantamento aponta que, de 2016 a 2021, os gastos totais em saúde no Brasil para tratar problemas causados em decorrência da destinação inadequada dos resíduos foi de U$ 1,85 bilhão. Além disso, os impactos desses materiais pós-consumo depositados em lixões e aterros controlados são sentidos diretamente no meio ambiente, uma vez que os materiais podem ser fontes de poluição da água, solo, flora e fauna, bem como emissores de CO2.

Para minimizar os danos ambientais e, principalmente, a proliferação de doenças como dengue, leishmaniose, leptospirose e esquistossomose, entre outras mais comuns nos lixões, o investimento no setor de reciclagem pode ser uma importante alternativa.

“O incentivo e o investimento no setor de reciclagem é fundamental e traz benefícios a longo prazo para o meio ambiente, economia e, é claro, para a saúde. Contudo, o início dessa cadeia positiva está na separação dos resíduos e conscientização da população quanto ao consumo”, comenta o diretor industrial da Lar Plásticos, Leonardo Marino. A empresa atua na transformação do material plástico pós-consumo e a sua reinserção no processo produtivo, diminuindo consideravelmente o uso de matéria-prima virgem para o atendimento às necessidades da indústria.

Hoje, o Brasil recupera apenas 1,2 das 65,6 milhões de toneladas de resíduos gerados, portanto ainda existe um caminho bastante desafiador a frente. Segundo o gestor, o papel das organizações públicas e privadas do segmento deve estar pautado em não apenas gerir, mas de implementar a educação ambiental nos seus espaços de influência a fim de conectar a comunidade ao compromisso com a saúde e o meio ambiente por meio da destinação adequada do lixo.

“Mensalmente transformamos cerca de 1,2 toneladas de resíduos plásticos, mas sabemos que isso é possível graças ao compromisso individual e coletivo dos municípios que destinam o material para a Lar Plásticos. Dessa forma, tanto a população quanto nós como plataforma, podemos colaborar para que haja mais qualidade de vida, bem-estar e valorização da cadeia da reciclagem como um todo”, finaliza Marino.

Sobre a Lar Plásticos: A Lar Plásticos é uma plataforma de economia circular que atua no setor da coleta seletiva e urbana, contenção de lixo e produtos para acondicionamento e transporte desde 2011. Com o objetivo de promover o desenvolvimento sustentável, a indústria localizada em Atibaia (SP), realiza a triagem e reciclagem de materiais a fim de reduzir os impactos ambientais da cadeia produtiva do plástico. Seus produtos são fabricados sob as mais rigorosas normas técnicas mundiais de qualidade, utilizando principalmente plástico reciclado como matéria-prima. Assim, a Lar Plásticos atende as atuais necessidades do mercado, oferecendo itens de alta qualidade e confiabilidade.