Desempenho da economia afeta produção de resinas termoplásticas, que registra queda em 2018

Crescimento de 11% nas importações reduz a participação da produção nacional no consumo de resinas termoplásticas

 Os dados da Comissão Setorial de Resinas Termoplásticas (Coplast), da Associação Brasileira da Indústria Química – Abiquim, levantados pela equipe de Economia e Estatística da associação, apontam que em 2018 o segmento de resinas termoplásticas teve queda de 5,2% na produção (medida em toneladas), em comparação com o ano anterior.

 Apesar da queda na produção, a demanda interna, medida pela soma das vendas dos produtos fabricados no País mais os importados, teve um leve crescimento de 0,9%. Esse aumento foi ocupado por importações, que em 2018 cresceram 11,3%. A perda de competitividade também afetou as exportações, que tiveram queda de 6,2%.

 “O segmento de resinas termoplásticas ainda é um dos que possui superávit na balança comercial de produtos químicos de uso industrial acompanhados pela Abiquim. No entanto, as empresas nacionais disputam mercado com produtos importados, situação agravada em 2018 pela relação comercial conturbada entre Estados Unidos e China, que impactou a oferta de produtos no mercado internacional e no Brasil, fora as oscilações do câmbio ao longo do ano”, explica a diretora de Economia e Estatística da Abiquim, Fátima Giovanna Coviello Ferreira.

 Para o coordenador da Coplast, Edison Terra Filho, o mercado brasileiro ainda tem demanda reprimida por resinas termoplásticas, o que gera oportunidades de crescimento para o setor. “Por meio da inovação, o setor consegue exportar e manter sua competitividade no ambiente nacional e internacional, mas acompanhamos o crescimento das importações no ano passado e precisamos resolver questões estruturais como a disponibilidade de matéria-prima e energia com preços competitivos, além de melhorar a infraestrutura logística”, finaliza Terra Filho.

 Sobre a Coplast

A Comissão de Resinas Termoplásticas da Abiquim (Coplast) trata dos assuntos do conjunto dos polietilenos (PEAD, PEBD e PEBDL), polipropileno, poliestireno, policloreto de vinila, EVA e PET (grau garrafa). O grupo foi criado em 1993, com o objetivo de buscar contínua participação das empresas produtoras de resinas termoplásticas na economia brasileira, dentro de padrões aceitos pela comunidade em geral, pelas entidades ambientalistas e pelos setores públicos, preservando seus objetivos empresariais de atuação competitiva, prioritariamente no mercado nacional e, também, no internacional. Para mais informações, acesse: www.abiquim.org.br/comissoes/sobre/resinas-termoplasticas—coplast

 Abiquim – Associação Brasileira da Indústria Química ( é uma entidade sem fins lucrativos fundada em 16 de junho de 1964, que congrega indústrias químicas de grande, médio e pequeno portes, bem como prestadores de serviços ao setor químico nas áreas de logística, transporte, gerenciamento de resíduos e atendimento a emergências. A associação realiza o acompanhamento estatístico do setor, promove estudos específicos sobre as atividades e produtos da indústria química, acompanha as mudanças na legislação e assessora as empresas associadas em assuntos econômicos, técnicos e de comércio exterior. A entidade ainda representa o setor nas negociações de acordos internacionais relacionados a produtos químicos.