Prezados e queridos leitores-amigos do JORNAL DE PLÁSTICOS: em breve, no dia 09 de julho de 2025, estaremos comemorando, com muita alegria, o aniversário de 69 anos do JP!
Como parece “fazer parte” de datas de aniversário, surge a necessidade de refletirmos sobre essa “vida” que surgiu em 1956, no século XX, sobre sua trajetória, sobre seus propósitos, sobre suas afirmações, sobre seu futuro…
Comecemos com a pergunta: o que levou o jornalista Ataliba Belleza Chagas a interessar-se pelo “mundo” dos plásticos? Quais eram as ideias, na época, sobre a importância desse material? Quais vantagens ele apresentava em comparação a outros mais conhecidos como o vidro, o papel, o ferro, por exemplo?
A resposta fica fácil para quem o conheceu: Ataliba era um homem visionário, gostava e se interessava pelo futuro, pelas transformações tecnológicas. Ele também apostava na “democratização” que esse novo material trazia consigo: ele poderia ser utilizado por pessoas de diferentes classes econômicas, pois seu custo era mais acessível. Poder trazer um bem-estar a todas as pessoas era uma questão muito importante para ele¹.
Infelizmente, hoje, com certeza, poderíamos dizer sobre essas reflexões: “Tempos Românticos”…
Atualmente, sabemos que o plástico é muito mais considerado como “vilão” do que como “herói”, sabemos do impacto terrível provocado por ele(?) ao meio ambiente. Sabemos o quanto ele é descartado e que sua durabilidade, que, a princípio, seria uma qualidade positiva sua, acaba sendo fonte de prejuízo à recuperação da natureza.
Sim, temos bastante consciência sobre esse resultado!
Então, por que insistimos em continuar uma publicação que visa divulgar notícias sobre a indústria petroquímica-plástica? Por que continuar acreditando que o plástico é protagonista em soluções para um mundo com mais de 8.232.000.000 (oito bilhões duzentos e trinta e duas milhões) de pessoas²?
Porque acreditamos que o vilão da história não é o plástico!
O verdadeiro vilão é o descarte do plástico feito de forma irresponsável pelos seres humanos que, sem nenhum compromisso com o presente e, principalmente, com o futuro, continuam “cuidando” de forma bastante individualista, apenas de seus próprios problemas… Podemos imaginar um “diálogo interno” de alguém num momento de descarte de lixo: “Isso não me serve mais, vou jogá-lo fora, totalmente indiferente quanto ao que ele possa causar de malefício para todos – isso não é problema meu!”
Reafirmando: o vilão da história é o individualismo, o egoísmo exacerbado, a lucratividade desenfreada, tudo aquilo que coloca alguém com pretensões de poder viver sem respeitar a vida dos outros!
O JORNAL DE PLÁSTICOS continua acreditando em soluções que apontem para uma maior e cada vez melhor reciclagem de plásticos, em re-uso dos mesmos, em descartes corretos, em todas as melhorias que o material plástico possa trazer a todos. Acreditamos, também, que são importantíssimas as discussões sobre desacelerar as emissões de gases, sobre a redução da poluição das águas, da atmosfera, para que consigamos nos conscientizar de nossa obrigação em proteger e cuidar do meio ambiente, que é de todos…
Por essa razão, dissemos no título desse Editorial: “A Luta Continua”!
__________________
¹ Na primeira página da primeira edição do JP encontram-se as palavras que Ataliba escreveu sobre “Matéria Plástica”. https://jorplast.com.br/quem-somos