A ADIRPLAST (Associação Brasileira dos Distribuidores de Resinas Plásticas e Afins) encerrou 2024 com estabilidade, registrando um aumento no volume de vendas em comparação a 2023. Os números consolidados refletem resultados significativos: no total, os associados da entidade comercializaram 376 mil toneladas de produtos, incluindo resinas commodities (PE, PP e PS), plásticos de engenharia, compostos e masterbatches. As commodities representaram 87,2% do volume comercializado, seguidas pelos plásticos de engenharia (11,6%) e pelos compostos e masterbatches (1,2%).
Segundo Laercio Gonçalves, vice-presidente da entidade, tal desempenho reflete a resistência de setores-chave, como embalagens e eletro-eletrônicos. Entre os segmentos atendidos, destacaram-se peças técnicas (18%), embalagens (14%), alimentos e bebidas (12,5%), utensílios domésticos e brinquedos (8%), sacolas e sacos (7%) e construção civil (6,5%). Quanto aos processos utilizados na transformação das resinas, o sopro liderou com 41%, seguido por extrusão (32%) e injeção (25%).
Por outro lado, reforça Gonçalves, a intensificação da competitividade no mercado interno, devido ao aumento da oferta global de resinas, também foi marcante. O que faz com que a entidade tenha uma visão cautelosa ante a 2025. A expectativa é de um crescimento entre 2% e 3% no setor, baseado no mercado de embalagens e na demanda por soluções personalizadas dos transformadores de plástico.
“Há um potencial significativo do uso de plásticos nos setores de embalagens alimentícias e de higiene/limpeza, estimulados pela busca por soluções sustentáveis, além da expansão esperada no agronegócio e no mercado de saúde, com maior demanda projetada para os próximos anos”, explica o executivo.
Já entre as ameaças que podem frear o crescimento do setor, diz Gonçalves, estão os riscos climáticos e conflitos políticos, ambos com escala global. Aqui no Brasil, o setor de distribuição ainda precisa enfrentar a concorrência desleal de resinas importadas via Zona Franca de Manaus e comercializadas fraudulentamente como compostos, o que distorce o mercado e afeta a competitividade das empresas que operam de maneira ética.
A perspectiva de crescimento de mercado vale também para as resinas recicladas, mercado que deve seguir impulsionado pela preferência dos clientes por soluções sustentáveis com o avanço da economia circular. “Embora 2024 tenha registrado a primeira queda na reciclagem de plásticos no Brasil desde 2018, esperamos uma recuperação do segmento, visto os investimentos feitos pelas empresas em inovação e as iniciativas públicas voltadas à reutilização de materiais”, comenta.
A ENTIDADE
A ADIRPLAST tem como diretrizes o fortalecimento da distribuição, o apoio aos seus associados e a integração do setor de varejo de resinas plásticas, filmes biorientados, plásticos de engenharia, masterbatches e compostos Seu objetivo é demonstrar a importância que os distribuidores têm para o setor e para o desenvolvimento do mercado brasileiro de plásticos. A entidade trabalha ainda para promover a imagem sustentável do plástico, estreitar o relacionamento com as empresas produtoras e colaborar para o ajuste tributário da indústria no país.
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